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Obesidade infantil
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O excesso de gordura corporal prejudica a qualidade de vida das crianças, além de comprometer sua saúde física e psicológica

A obesidade infantil já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por conta do grande número de casos de crianças obesas em todo o mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, um levantamento do Ministério da Saúde apontou que existem 6,4 milhões de crianças com excesso de peso no Brasil, e 3,1 milhões dessas já são obesas.

A Sociedade Brasileira de Pediatria estima que 4 em cada 5 crianças obesas permanecerão obesas quando adultas. Sabendo que a obesidade é uma doença crônica e um fator de risco para complicações mais graves, como diabetes, doenças cardiovasculares e até câncer, é fundamental entender as causas e riscos da obesidade infantil para prevenir esse problema cada vez mais comum.

Causas da obesidade infantil

A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo de gordura excessivo em crianças de até 12 anos, ou seja, quando seu peso corporal é 15% superior ao peso médio normal para a sua idade. Essa é uma condição multifatorial causada não somente pelo consumo exagerado de alimentos calóricos e gordurosos, mas também por outros motivos, como:

  • Sedentarismo;
  • Falta de sono;
  • Ansiedade e depressão, quando levam a compulsões alimentares;
  • Predisposição genética;
  • Fatores hormonais.

Riscos da obesidade infantil

A obesidade é uma condição que compromete a qualidade de vida e favorece o aparecimento de uma série de outras doenças nos adultos. Casos de obesidade infantil são ainda mais graves, já que a criança pode desenvolver complicações mais cedo e a condição ainda pode prejudicar a formação de ossos, músculos e articulações. Os principais riscos da obesidade infantil são:

Obesidade mórbida

Tipo de obesidade mais grave caracterizado por um IMC maior ou igual a 40 kg/m². Também classificada como “obesidade grau 3”, a obesidade mórbida normalmente já tem mais de uma doença associada e compromete de maneira significativa a qualidade de vida do indivíduo.

Dores nas articulações

O excesso de peso em crianças prejudica o desenvolvimento saudável das estruturas ósseas e sobrecarrega as articulações, principalmente as do quadril e do joelho, podendo causar osteoartrite.

Colesterol alto

A obesidade infantil é um dos fatores que favorecem o surgimento do colesterol alto, condição que pode aumentar o risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral (AVC).

Diabetes

Estudos já mostraram que crianças obesas têm até 4 vezes mais chances de ter doenças precoces até os 25 anos, como o diabetes tipo 2.

Hipertensão arterial

Crianças e adolescentes obesos têm o dobro de chance de desenvolver hipertensão arterial quando comparados a jovens com o peso ideal à idade.

Doenças respiratórias

O acúmulo excessivo de gordura na parede do tórax e do abdômen altera a mecânica respiratória, além de reduzir o volume e capacidade do pulmão.

Problemas na coluna e no joelho

Crianças com peso acima do ideal podem desenvolver precocemente problemas que só deveriam surgir em idades avançadas. Entre elas, alteração na postura, dores lombares e nos joelhos.

Problemas sociais, como bullying

Além da saúde física, a obesidade infantil é um fator de risco para problemas sociais e psicológicos, como o bullying, e pode desencadear quadros mais graves de baixa autoestima, isolamento social e depressão.

Como evitar a obesidade infantil?

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que deve receber a merecida atenção por meio de ações preventivas. Mudanças de comportamento, como adotar uma alimentação mais saudável para diminuir a ingestão de calorias e praticar mais atividade física para combater o sedentarismo e aumentar o gasto calórico, são benéficas para as crianças criarem hábitos saudáveis desde cedo.

Outras medidas eficazes que podem evitar a obesidade infantil são:

  • Promover o aleitamento materno até o sexto mês de vida da criança, pois o leite materno atende a todas as necessidades nutricionais do bebê;
  • Limitar o uso de celulares, tablets e videogames, para incentivar as crianças a praticar brincadeiras que movimentam o corpo;
  • Certificar-se de que as crianças tenham o período de sono recomendado de acordo com sua idade;
  • Usar medicamentos só com prescrição médica, já que alguns remédios podem interferir no metabolismo dos pequenos.

Opções de tratamento para a obesidade infantil

Felizmente, a obesidade infantil tem cura, e envolve o tratamento com uma equipe multidisciplinar formada por pediatras, nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos e profissionais de educação física.

A mudança de hábitos alimentares, aliada à prática de atividade física, pode ser suficiente para diminuir o peso das crianças, mas cada caso deve ser analisado individualmente por um médico capacitado para indicar o melhor tratamento.

Para saber mais sobre esse e demais assuntos, entre em contato com a Bari DF.

Fontes:

Bari DF

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Sociedade Brasileira de Pediatria