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Obesidade: causas, sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Caracterizada pelo excesso de peso e gordura corporal, doença pode levar a diversos outros problemas

A obesidade é uma das condições de saúde pública que mais têm preocupado a Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que até 2025 mais de 700 milhões de pessoas sofram com a condição, devido ao aumento excessivo do consumo de alimentos calóricos, gordurosos e de baixo valor nutritivo. É uma doença que pode atingir pessoas de ambos os sexos, em qualquer idade.

O excesso de peso causado pelo acúmulo de gordura é caracterizado como obesidade quando o índice de massa corpórea (IMC) calculado é maior que 30 quilogramas por metro quadrado. Diversos fatores podem ser causas da obesidade, como sedentarismo e alimentação inadequada.

Quando detectada, a doença precisa ser tratada imediatamente. Os tratamentos da obesidade e do excesso de peso em geral dependem de seu grau:

  • Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9 kg/m²;
  • Obesidade grau I: entre 30 e 34,9 kg/m²;
  • Obesidade grau II: entre 35 e 39,9 kg/m²;
  • Obesidade grau III: acima de 40 kg/m².

Quais as causas da obesidade?

As principais causas da obesidade são o consumo desenfreado de alimentos ricos em calorias, gorduras, açúcares e carboidratos; e o sedentarismo, que é a falta de atividade física suficiente para transformar em energia o excesso de calorias ingeridas diariamente. A combinação desses dois fatores faz com que o peso aumente sem controle.

Ainda assim, algumas pessoas podem desenvolver a doença mais facilmente do que outras. Problemas relacionados à saúde mental, como ansiedade, intensificam os riscos de aumento de peso, pois podem levar a compulsões alimentares. Desequilíbrios hormonais e predisposição genética também podem estar por trás do aumento de peso.

Doenças associadas à obesidade

O excesso de peso e de gordura corporal causam um desequilíbrio no funcionamento do organismo, o que pode levar a uma série de doenças associadas, como abordaremos a seguir

Hipertensão

A hipertensão, ou pressão alta, está geralmente associada à obesidade por ser causada por fatores semelhantes: sedentarismo e, principalmente, consumo excessivo de alimentos ricos em sódio e gorduras saturadas. A hipertensão não tratada adequadamente pode levar a problemas como ataques cardíacos, insuficiência renal e acidentes vasculares cerebrais.

Colesterol

O colesterol é uma substância encontrada na estrutura celular e no sangue. Existe o colesterol bom (HDL), que funciona contra o outro tipo de colesterol, o ruim (LDL). Indivíduos com obesidade causada pela má alimentação e sedentarismo tendem a acumular colesterol, que aumenta o risco de entupimento de veias e artérias, o que pode levar a infartos e acidentes vasculares.

Diabetes tipo 2

A principal característica do diabetes de tipo 2 é o aumento dos níveis de glicose no sangue causado pela desregulação dos níveis de insulina. O excesso de peso e gordura corporal faz com que os riscos de resistência à insulina aumentem, dificultando o controle dos níveis de glicose e a prevenção do consequente surgimento da doença. A diabetes tipo 2 pode levar a diversas complicações por todo o corpo.

Apneia do sono

A maioria dos pacientes com apneia do sono tem algum grau de excesso de peso ou obesidade. Isso porque a doença se caracteriza pelo fechamento da faringe e uma consequente parada respiratória breve durante o sono, muitas vezes causados pelo excesso de gordura nessa região.

Tem como evitar a obesidade?

É possível evitar a obesidade principalmente adotando uma alimentação saudável e atividade física regular. Através desses hábitos, é possível consumir uma taxa calórica diária equilibrada, com quantidades corretas de nutrientes. Uma avaliação médica adequada é importante para que se entenda os níveis de necessidades e limites do próprio corpo.

Além disso, é importante investigar outras possíveis causas de fatores de risco, como idade, predisposição genética e produção hormonal. Dessa forma, é possível identificar e agir também nesses fatores para evitar a obesidade.

Quais os tratamentos para a obesidade?

Os tratamentos da obesidade dependem do grau de excesso de IMC e da presença ou não de doenças associadas. Dessa forma, os principais tratamentos são:

Adoção de hábitos saudáveis

A indicação de novos hábitos é o principal dos tratamentos da obesidade. Graus menores — e mesmo o sobrepeso — podem ser contornados com reeducação alimentar e atividade física. Para isso, é importante a colaboração de uma equipe multidisciplinar, com a orientação de nutricionista, profissionais de educação física e médico.

Todo o programa deve ser feito com muita disciplina e determinação. Além disso, é importante fazer consultas e exames periódicos para avaliar a evolução do tratamento e o estado geral de saúde, pois o paciente precisa conhecer os limites e necessidades de seu corpo.

Remédios

Tratamentos da obesidade com uso de remédios podem ser indicados somente pelo médico e em alguns casos específicos, especialmente quando existem doenças relacionadas que também precisam ser tratadas, como hipertensão e diabetes. Podem ser prescritas medicações para acelerar o metabolismo, inibir o apetite e para tratar as doenças associadas, e sua utilização geralmente é combinada à adoção de hábitos saudáveis.

Cirurgia bariátrica

Também conhecida como redução de estômago, é recomendada em casos de tratamentos da obesidade grave, com IMC superior a 40, ou em alguns casos com doenças associadas. Consiste na diminuição do volume do estômago para que o consumo alimentar seja reduzido. As principais técnicas de cirurgia bariátrica são:

  • Bypass gástrico: quando é feita a redução do estômago e ligação direta com o intestino delgado;
  • Gastrectomia vertical: transforma o estômago em um tubo com volume bem menor que o original.

Como evitar o reganho de peso após o tratamento?

Novos aumentos de peso podem ocorrer mesmo após os tratamentos da obesidade. Para evitar que isso ocorra, é importante que hábitos de vida que priorizem uma alimentação saudável e caloricamente equilibrada, bem como atividades físicas, sejam adotados por toda a vida, mesmo depois de a doença ter sido superada.

Os hábitos de acompanhar adequadamente a saúde hormonal, o estado geral e a saúde mental também precisam ser adotados para que todas as possíveis causas da obesidade possam ser controladas devidamente.

Qual profissional procurar para o tratamento?

Os tratamentos da obesidade devem ser feitos por diversos profissionais, como médicos, nutricionistas, endocrinologistas, profissionais de educação física e psicólogos, cada um atuando para que a redução do peso seja atingida de forma saudável e eficaz. A perda de peso descontrolada pode ser tão prejudicial quanto a obesidade em si.

Na necessidade de cirurgia bariátrica como forma de tratamento da obesidade, é importante encontrar uma equipe que seja especializada nesse tratamento, pois não se trata apenas do procedimento em si, mas na adoção de um processo que demora e precisa ser seguido com muita disciplina. Por isso, é imprescindível que se encontre profissionais qualificados, que proporcionem atendimento humanizado e especializado, para um processo de recuperação confortável e de sucesso.

Entre em contato e saiba mais sobre obesidade e cirurgia bariátrica com a BariDF.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Ministério da Saúde

Organização Mundial de Saúde

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia