FAQ

A diferença entre as duas é a finalidade de cada uma, já que ambas promovem alteração no sistema digestivo. Enquanto a bariátrica visa a perda de peso, a cirurgia metabólica tem o objetivo de controlar doenças associadas à obesidade, principalmente o diabetes tipo 2.

Existem 3 tipos diferentes de cirurgia bariátrica:

• Restritiva: diminui o tamanho do estômago, como a técnica de sleeve gástrico;
• Disabsortiva: reduz a absorção de alimentos ao promover um desvio do trânsito intestinal;
• Mista: alia a redução do tamanho do estômago com um desvio do trânsito intestinal, como o bypass.

A cirurgia bariátrica é realizada com anestesia geral e pode ser feita por meio de um corte de 30 cm no abdômen ou por laparoscopia, método minimamente invasivo. O procedimento pode remover uma parte do estômago para reduzir a capacidade de armazenamento do órgão ou fazer um desvio do intestino que promove alterações metabólicas e reduzem a saciedade.

O melhor método cirúrgico é aquele que se adapta às condições clínicas do paciente, como questões anatômicas, doenças associadas e seu histórico. A indicação do tipo de bariátrica mais adequado é feita após uma avaliação criteriosa do cirurgião juntamente com sua equipe multidisciplinar.

A cirurgia bariátrica é um procedimento realizado há mais de 60 anos no mundo, por isso as técnicas já foram bastante aprimoradas. A bariátrica é segura porque envolve todo um acompanhamento médico multidisciplinar antes e depois do procedimento para dar suporte ao paciente, inclusive psicológico.Outro ponto que comprova a segurança desse tipo de cirurgia é que as técnicas estão cada vez menos invasivas, o que reduz consideravelmente o risco de complicações pós-operatórias.

A cirurgia bariátrica apresenta riscos como qualquer outra intervenção cirúrgica, mas que são minimizados com o comprometimento do paciente ao seguir as orientações médicas. Algumas das complicações mais comuns são:

• Infecções;
• Sangramentos;
• Fístulas;
• Obstrução intestinal;
• Formação de coágulos;
• Problemas nutricionais;
• Vômitos e diarreia;
• Síndrome de dumping.

A obesidade é uma doença crônica que pode ser motivada por fatores psicológicos, comportamentais e físicos. Por essa razão, o acompanhamento com diferentes profissionais, como nutricionista, psicólogo, endocrinologista, entre outros, fornece todo o suporte que o paciente precisa para manter os resultados da cirurgia e evitar o chamado reganho de peso.

Pacientes com obesidade grave que não conseguiram perder peso com dieta, exercícios e outros tratamentos conservadores podem ser candidatos ao procedimento. Essas pessoas devem ter IMC acima de 35 kg/m² e apresentar outras doenças associadas à obesidade.

O procedimento não é indicado para:

• Menores de 16 anos;
• Grávidas;
• Pessoas com transtornos psiquiátricos graves;
• Dependentes de álcool e substâncias ilícitas.

Em alguns casos, os pacientes podem necessitar emagrecer para minimizar os riscos à saúde e como forma de preparação para as restrições alimentares no período pós-cirúrgico. Uma dieta líquida pode ser recomendada, dependendo do caso, para reduzir a gordura no fígado e a gordura visceral, o que facilita o processo cirúrgico.

O pós-operatório é fundamental para o sucesso da cirurgia bariátrica, pois o paciente precisa seguir uma dieta progressiva, começando com alimentos líquidos, pastosos e depois de 30 dias inicia-se a alimentação mais sólida.A mudança de hábitos com a prática de atividade física e uma reeducação alimentar também são necessárias para evitar o reganho de peso.

O período de repouso costuma durar 15 dias e o retorno às atividades físicas é liberado depois de 30 dias. Vale dizer que cada organismo responde de formas diferentes durante a recuperação, então é imprescindível seguir todas as recomendações médicas para um pós-operatório mais tranquilo.

A diminuição da capacidade de armazenamento do estômago e a melhora das funções metabólicas proporcionadas pela cirurgia bariátrica podem fazer o paciente perder até 70% da quantidade de peso excedente.

A obesidade é uma doença crônica que precisa ser controlada para o resto da vida. Então, se o paciente não mudar seus hábitos e rotinas após a cirurgia, é possível sim voltar a engordar.

Um dos principais cuidados que contribuem para o sucesso da cirurgia bariátrica é em relação à alimentação. Nos primeiros dias, o paciente inicia uma dieta composta por líquidos e caldos, que devem ser ingeridos em pequenas quantidades a cada 30 minutos.Depois, passa a ingerir alimentos pastosos e somente depois de 30 dias que a alimentação mais sólida é liberada.

A síndrome de dumping é uma das possíveis complicações da cirurgia bariátrica e isso acontece devido à passagem rápida de alimentos do estômago para o intestino, prejudicando a digestão. O paciente pode sentir dor de cabeça, náuseas, diarreia, fraqueza e sudorese, principalmente após a ingestão de alimentos ricos em gordura, carboidratos e açúcares.

A atividade física é liberada depois de 30 dias após o procedimento, dependendo da recuperação do paciente.

A queda de cabelo é bastante comum, mas os pacientes não precisam se preocupar porque não há dano ao folículo capilar, o que significa que o cabelo pode voltar a crescer normalmente. O cabelo pode cair até um ano após a cirurgia como consequência da rápida perda de peso e deficiência de micronutrientes como o ferro e zinco.

Sim, desde que esperem ao menos 18 meses após o procedimento. Depois desse período, a perda de peso já está estabilizada e não há risco de prejuízos ao desenvolvimento do feto.

Como a quantidade de alimentos ingeridos é menor, há também uma redução na oferta de nutrientes necessários ao organismo. Por esse motivo, o acompanhamento de um nutricionista é importante para indicar uma suplementação nutricional e evitar déficits alimentares.