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Dopamina e obesidade: entenda a relação
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Alimentos hipercalóricos podem liberar dopamina, “hormônio da felicidade”, impulsionando a compulsão alimentar

A dopamina é um neurotransmissor do sistema de recompensa do cérebro e está diretamente ligada ao comportamento alimentar. Entender como ela afeta o apetite e o controle de peso pode ajudar a compreender a relação entre dopamina e obesidade e o motivo pelo qual algumas pessoas têm mais dificuldade em controlar a compulsão alimentar.

O que é a dopamina e como ela funciona no cérebro?

A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química responsável por transmitir sinais entre as células nervosas no cérebro. Ela tem um papel fundamental no sistema de recompensa, que é o mecanismo cerebral responsável por nos motivar a buscar certos comportamentos, como comer, beber e outras atividades que nos proporcionam prazer.

Quando realizamos uma ação que o cérebro considera satisfatória, como consumir um alimento saboroso, a dopamina é liberada, proporcionando uma sensação de prazer e bem-estar. Esse processo é importantíssimo para a nossa sobrevivência, pois nos motiva a repetir comportamentos que trazem benefícios ao nosso corpo.

No entanto, essa mesma dopamina e o sistema de recompensa podem ser fatores determinantes na relação entre dopamina e obesidade. Quando há um desequilíbrio na liberação de dopamina, o cérebro pode começar a buscar cada vez mais estímulos para atingir a mesma sensação de prazer. Tal mecanismo é um dos fatores que podem levar ao desenvolvimento de hábitos alimentares prejudiciais.

A relação entre dopamina e o comportamento alimentar

A relação entre dopamina e obesidade é complexa, pois envolve diversos fatores biológicos e comportamentais. A dopamina tem um papel essencial na regulação do apetite e nas escolhas alimentares.

Como ela afeta o apetite é um ponto central desse processo: quando uma pessoa consome alimentos ricos em açúcar e gordura, a liberação de dopamina é maior, criando uma sensação de prazer intensa. Isso faz com que o cérebro associe esses alimentos a uma recompensa positiva, levando a um aumento do desejo por esse tipo de alimento.

Com o tempo, o cérebro de uma pessoa que consome regularmente alimentos muito calóricos pode se tornar menos sensível à dopamina, exigindo quantidades maiores de alimentos para sentir o mesmo prazer. Esse fenômeno é conhecido como dessensibilização e é um dos fatores que contribuem para o ganho de peso e o desenvolvimento da obesidade.

O controle de peso está diretamente ligado a esse processo. A dopamina e o controle de peso são aspectos que caminham juntos, pois, quando há um desajuste entre ela e o sistema de recompensa, torna-se mais difícil para o indivíduo manter hábitos alimentares saudáveis. A busca constante por prazer por meio da comida pode levar a um ciclo de consumo excessivo de calorias e, consequentemente, ao aumento de peso.

Vício alimentar e papel da dopamina

O vício alimentar é um fenômeno que tem sido amplamente estudado, e a dopamina exerce grande influência nesse processo. Assim como ocorre com drogas, como a nicotina e a cocaína, alimentos altamente saborosos podem estimular a liberação de dopamina em níveis elevados, gerando um comportamento compulsivo em relação à comida.

Dopamina e compulsão alimentar

A relação entre dopamina e compulsão alimentar é evidente nos casos em que a busca por alimentos se torna um comportamento difícil de controlar. A compulsão alimentar é caracterizada pela ingestão de grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, mesmo quando a pessoa não está fisicamente com fome.

Nesse contexto, a dopamina age como um reforçador positivo, incentivando o consumo exagerado de alimentos por conta da sensação de prazer que eles proporcionam.

Pessoas que sofrem de compulsão alimentar podem ter um sistema de recompensa que reage de forma exagerada a estímulos alimentares, o que faz com que busquem constantemente a liberação de dopamina por meio da comida. Isso cria uma relação complexa entre o desejo por alimentos, a sensação de prazer e a incapacidade de controlar a ingestão.

Alimentos hipercalóricos e o círculo vicioso da dopamina

Entre os diferentes tipos de alimentos que podem desencadear uma compulsão alimentar, destacamos abaixo:

  • Alimentos ricos em açúcar, como doces e refrigerantes, que estimulam uma liberação rápida de dopamina, causando uma sensação imediata de prazer;
  • Gorduras saturadas, encontradas em fast foods, que ativam a dopamina e o sistema de recompensa, contribuindo para o desejo de repetir o consumo;
  • A combinação de açúcar e gordura, que potencializa ainda mais a resposta dopaminérgica, tornando esses alimentos particularmente viciantes;
  • A ingestão constante de alimentos hipercalóricos, que leva à necessidade de consumi-los em quantidades maiores para obter a mesma sensação de prazer, intensificando o ciclo de ganho de peso.

Efeitos a longo prazo do vício alimentar no cérebro

A exposição prolongada a alimentos que estimulam excessivamente a produção de dopamina pode ter efeitos duradouros no cérebro. A dessensibilização dos receptores de dopamina faz com que os indivíduos percam parte da capacidade de sentir prazer com atividades cotidianas, levando à busca constante por alimentos que ofereçam uma alta recompensa dopaminérgica.

A relação entre dopamina e obesidade vai além da simples busca por prazer; ela altera a forma como o cérebro processa os estímulos relacionados à comida, tornando mais difícil a perda de peso e o controle dos impulsos alimentares. Pessoas que enfrentam esse problema podem precisar de ajuda profissional para reequilibrar seu sistema de recompensa e estabelecer uma alimentação mais saudável.

O impacto negativo dessa situação pode ser devastador para a saúde física e mental, uma vez que a obesidade aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. O tratamento adequado, que pode incluir acompanhamento psicológico e até procedimentos médicos, é fundamental para ajudar no controle do apetite e no restabelecimento de uma relação mais saudável com a comida.

Dopamina e obesidade são um tema que envolve tanto questões neurológicas quanto comportamentais. Assim, é essencial buscar um equilíbrio entre a satisfação alimentar e a saúde. Entre em contato com a BariDF e agende já a sua consulta para realizar a cirurgia bariátrica: https://baridf.com.br/contato/.

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Abeso