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Cirurgia Bariátrica Revisional
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Procedimento pode ser indicado em casos específicos de pacientes que não conseguiram perder peso suficiente ou que não se adaptaram à técnica cirúrgica adotada anteriormente

Existem situações em que a cirurgia bariátrica pode não apresentar os resultados desejados ou então apresentar complicações que levam à necessidade de o paciente realizar um procedimento chamado cirurgia bariátrica revisional.

O que é a cirurgia bariátrica revisional

cirurgia bariátrica revisional visa reparar ou modificar um procedimento anterior que não obteve os resultados desejados. Isso significa que nem todo paciente que fez uma cirurgia bariátrica precisará, em algum momento, passar pela cirurgia revisional.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCMB), de 5 a 8% de todas as primeiras cirurgias falharão, inevitavelmente, e vão precisar de uma bariátrica revisional. Só uma avaliação médica detalhada pode dizer se o procedimento é necessário ou não.

Se você já passou por uma cirurgia bariátrica, teve complicações ou não perdeu peso com sucesso, continue lendo o texto, pois a bariátrica revisional pode ser uma opção para você.

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Como é feita a cirurgia bariátrica revisional

O sucesso da bariátrica revisional depende, em grande parte, da primeira cirurgia bariátrica feita. Assim como antes de se submeter a ela o paciente precisa contar com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, endocrinologista, nutricionista, entre outros especialistas, na cirurgia bariátrica revisional ocorre o mesmo passo a passo.

Além disso, o paciente precisa ser avaliado criteriosamente para que possam ser identificados os possíveis problemas que levaram ao insucesso da primeira cirurgia. Isso é importante para que a cirurgia bariátrica revisional alcance os resultados esperados.

Assim, é adequado que fatores comportamentais, compulsões, sedentarismo e hábitos inadequados de vida sejam tratados antes da realização da cirurgia bariátrica revisional.

Igualmente importante é procurar por um cirurgião especializado nesse tipo de procedimento.

Como ocorre na cirurgia bariátrica convencional, a cirurgia bariátrica revisional pode ser feita de maneira minimamente invasiva, por meio da videolaparoscopia, ou por cirurgia robótica.

Em ambos os casos, o cirurgião faz pequenas incisões no abdômen, por onde serão inseridos os instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera que transmitirá as imagens internas do abdômen para uma tela de computador, auxiliando a melhor visualização do sítio tratado. O objetivo do procedimento é reduzir o estômago já reduzido, costurando-o.

A diferença entre os dois métodos é que, na cirurgia robótica, o procedimento é realizado por um robô guiado pelo médico, o que garante mais segurança e precisão.

As vantagens de ambas são: o menor risco de sangramento, menor tempo de recuperação pós-operatória, menor tempo de internação e diminuição do risco de infecção.

Antes de realizar a cirurgia, o paciente deve ser submetido a uma série de exames laboratoriais e de imagem (raio-X e endoscopia). Eles ajudam a identificar possíveis alterações metabólicas e anatômicas que justifiquem o insucesso da primeira cirurgia.

Na maioria dos casos, a cirurgia bariátrica revisional padrão converte uma operação restritiva (gastrectomia vertical ou banda gástrica) em um bypass gástrico em Y-de-Roux para obter o melhor equilíbrio entre perda de peso a longo prazo, resolução de complicações relacionadas ao primeiro procedimento e taxa aceitável de complicações perioperatórias.

Para quem é indicada

Existem situações específicas que podem levar o indivíduo a necessitar de uma cirurgia bariátrica revisional. Entre elas, podemos destacar:

  • Casos de reganho de peso, ou seja, quando o paciente volta a engordar – estima-se que após a primeira cirurgia bariátrica, cerca de 10 a 20% dos pacientes voltem a ganhar peso;
  • Quando ocorre reganho de peso na retirada do balão gástrico;
  • Quando o paciente apresenta um quadro de desconforto abdominal recorrente após a primeira cirurgia bariátrica, com sintomas como diarreia crônica, por exemplo, e síndrome de Dumping (quando o consumo de açúcares causa dores abdominais, náuseas, vômitos e tonturas);
  • Se o paciente apresenta problemas nutricionais graves, ou seja, quando ele não consegue ter uma absorção mínima adequada de nutrientes, o que pode levar a um quadro grave de anemia;
  • Quando a perda de peso da primeira cirurgia não alcançou o desejável;
  • Se mesmo após a primeira cirurgia o paciente continua apresentando comorbidades como diabetes e doença do refluxo gastroesofágico;
  • Nos casos em que se desenvolve uma hérnia de hiato na cicatriz da cirurgia principal.

A cirurgia revisional pode ser realizada em pacientes que se submeteram a uma das técnicas disponíveis para a primeira cirurgia: gastrectomia vertical (sleeve gástrico), by-pass, duodenal switch ou outras.

Estratégias utilizadas na cirurgia bariátrica revisional

Dependendo do motivo que leva à realização do procedimento, o cirurgião pode escolher entre as seguintes técnicas:

  • Quando há reganho de peso ou refluxo gastroesofágico e a técnica anterior foi a gastrectomia vertical, pode-se optar pelo bypass gástrico.
  • Nos casos em que apenas há reganho de peso, a cirurgia bariátrica revisional pós bypass só é indicada quando o paciente apresenta alguma alteração anatômica, como uma fístula. Quando não há alteração anatômica, o plasma de argônio ou revisão endoscópica pode ser uma melhor opção.
  • Quando ocorre reganho de peso ou refluxo gastroesofágico e o paciente foi submetido à técnica de banda gástrica, a opção, no caso da cirurgia bariátrica revisional, pode ser o bypass gástrico.
  • Cirurgias consideradas disabsortivas, como a duodenal switch, que causam desconforto abdominal, como diarreia, anemia e desnutrição, podem ser revertidas em bypass gástrico.

Possíveis riscos da cirurgia

cirurgia bariátrica revisional é considerada um procedimento mais complexo do que a primeira cirurgia, pois atua em um órgão já modificado. Por isso, deve ser considerada quando o paciente não obteve melhora, por outros métodos, dos problemas apresentados. Por este motivo, há mais chances de ocorrerem complicações, como:

  • Sangramentos internos;
  • Vômitos;
  • Infecção;
  • Fístulas, pequenas bolsas que se formam nos pontos internos da região operada;
  • Hérnias;
  • Embolia pulmonar.

Geralmente, essas complicações são solucionadas assim que surgem. Porém, para minimizar esses riscos, é imprescindível contar com uma equipe médica preparada e capacitada para realizar a cirurgia bariátrica revisional. Além disso, os cuidados pós-procedimento devem ser seguidos conforme determinação médica.

É indicado que, caso o paciente sinta dores fortes na região abdominal, cólicas, enjoo frequente ou outros sintomas atípicos após a bariátrica revisional, ele procure seu médico para avaliação do quadro.

Vantagens da cirurgia bariátrica revisional

Entre as principais vantagens da cirurgia bariátrica revisional está a possibilidade da perda de peso ganho após alguns anos de realizada a primeira cirurgia ou a possibilidade de atingir a perda de peso ideal que ele não havia conseguido no primeiro procedimento.

Além disso, a bariátrica revisional corrige as alterações que estavam levando o paciente a ter dificuldades em se adaptar à técnica anterior ou que estavam gerando desconfortos de intensidade moderada a grave e impactando no seu dia a dia.

Outra vantagem é a possibilidade de efetivamente reduzir as chances de o paciente desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer que podem ser causados pelo excesso de peso.

Em muitos casos, a cirurgia pode ser a melhor opção para reduzir riscos ao longo da vida. E há, ainda, que se considerar as vantagens sociais e psicológicas, como diminuição do risco de depressão e aumento da autoestima, da interação social e da mobilidade física do paciente.

Entre em contato com a BariDF e tire suas principais dúvidas.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Ministério da Saúde