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Cirurgia de redução de estômago
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A perda de peso corporal via intervenção cirúrgica requer alguns cuidados essenciais antes e depois do procedimento.

Também conhecida como cirurgia bariátrica ou gastroplastia, a cirurgia de redução de estômago visa diminuir o peso corporal via intervenção cirúrgica. Ela é recomendada para pacientes com obesidade mórbida ou associada, ou não, a complicações e enfermidades, como hipertensão e diabetes.

Quando a cirurgia de redução de estômago é indicada?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cirurgia de redução de estômago é indicada para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35 kg/m² e que apresentem complicações.

Entre essas complicações estão incluídas enfermidades como diabetes, hipertensão, problemas articulares, aumento de gordura no fígado, apneia do sono e diversos tipos de câncer, especialmente de endométrio, próstata e intestino.

A OMS também recomenda a cirurgia de redução de estômago para indivíduos com IMC acima de 40 kg/m² e que não tiveram sucesso na perda de peso após o mínimo de dois anos de tratamento clínico, o que inclui o uso de medicamentos.

Além disso, a cirurgia bariátrica só é recomendada após o acompanhamento do paciente pela equipe multidisciplinar, composta principalmente por nutricionista e psicólogo. Para o sucesso do procedimento e redução de riscos, esse acompanhamento deve permanecer após a intervenção cirúrgica.

Riscos e benefícios

Para a maioria dos pacientes, as vantagens da cirurgia de redução de estômago não se restringem à grande perda de peso, abrangendo diversos outros benefícios, incluindo os relacionados a tratamentos de outras enfermidades associadas à obesidade.

Contudo, assim como outros tipos de procedimentos hospitalares, a cirurgia de redução de estômago pode apresentar alguns riscos ao paciente.

A cirurgia bariátrica é uma intervenção complexa e exige cuidados especiais antes e após o procedimento. Além disso, impõe mudanças significativas nos hábitos do paciente, incluindo nutrição e prática de atividades físicas.

Antes de sua realização, é primordial que o paciente compreenda do que se trata o procedimento, dos cuidados necessários e, também, dos riscos aos quais estará sujeito. Portanto, é altamente recomendado o acompanhamento nutricional e psicológico.

Os principais riscos da cirurgia bariátrica são:

  • Flacidez;
  • Desnutrição;
  • Transtornos alimentares;
  • Aquisição de outros vícios para substituir a compulsão por comer;
  • Retorno à obesidade;
  • Dificuldade de adaptação.

Tipos de cirurgia bariátrica

O Conselho Federal de Medicina (CFM) é a instituição responsável por fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil. Atualmente, o CFM reconhece e autoriza cinco tipos de cirurgia de redução de estômago. São elas:

  • Banda gástrica: cirurgia de redução de estômago minimamente invasiva. Consiste na implementação interna de uma espécie de anel ao redor do estômago, de forma a reduzir o seu espaço e causar a sensação de saciedade. Além da intervenção ser breve e possuir menor risco ao paciente, sua recuperação é rápida;
  • Gastrectomia vertical ou Sleeve: essa intervenção é mais invasiva e é, normalmente, feita em pacientes com obesidade mórbida. Neste procedimento, é removida uma parte do estômago, reduzindo o espaço disponível para os alimentos. Pode ser removido até 85% do estômago. A absorção dos nutrientes não é alterada por este procedimento e, por isso, o órgão pode voltar a dilatar. A recuperação pode demorar cerca de 6 meses;
  • Gastroplastia endoscópica: procedimento semelhante à gastrectomia. No entanto, o médico sutura pequenos pontos no estômago em vez de cortá-lo, mas também reduzindo o espaço disponível para a comida. Após o emagrecimento, os pontos podem ser retirados;
  • Bypass gástrico: método irreversível e invasivo de remoção de parte do estômago. Normalmente, é utilizado em pacientes com elevado grau de obesidade e que não conseguiram resultado com técnicas menos invasivas. Assim como os demais tipos de cirurgias, reduz-se o espaço disponível no estômago, levando a pessoa a diminuir a quantidade de alimentos ingeridos;
  1. Derivação biliopancreática: neste procedimento, o médico remove uma parte do estômago e do intestino, reduzindo a absorção de nutrientes. É recomendada para pessoas que continuam com obesidade mórbida mesmo após outras cirurgias bariátricas. Normalmente, pacientes que se submeteram a essa cirurgia precisam fazer uso de suplemento nutricional.

A decisão pelo tipo de cirurgia de redução de estômago que será indicada pelo médico depende da avaliação do quadro clínico do paciente. São analisados o histórico clínico, procedimentos já realizados, resultado de exames, laudos da equipe multidisciplinar, doenças e enfermidades associadas, condicionamento, riscos e diversos outros fatores considerados pelo profissional para cada caso.

Cuidados após a cirurgia de redução de estômago

Após a cirurgia bariátrica, é essencial que o paciente siga uma dieta rigorosa e pratique regularmente exercícios físicos, além de seguir todas as recomendações médicas. O acompanhamento psicológico e nutricional após a cirurgia é fundamental não só para a saúde e bem-estar do paciente, mas para que a intervenção cirúrgica atinja seu objetivo.

Do ponto de vista nutricional, a recomendação é que pacientes que fizeram cirurgia de redução de estômago sejam acompanhados pelo nutricionista pelo resto da vida, tanto para que não voltem à obesidade quanto para que recebam orientações específicas para suas necessidades nutricionais.

O uso de suplementos para a reposição de vitaminas e nutrientes pode ser recomendado pelo médico e mantido por tempo indeterminado.

A cirurgia plástica para a retirada da pele em excesso também pode ser realizada em pacientes que tiveram uma perda de peso muito grande. Mulheres que se submeteram à cirurgia de redução de estômago devem aguardar de 15 a 18 meses para engravidar.

Entre em contato e saiba tudo sobre a cirurgia bariátrica com a BariDF.

Fonte:

BariDF