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Cirurgia bariátrica em adolescentes: como funciona?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Entenda as implicações, os desafios, os riscos, os benefícios e os pontos importantes antes e depois da cirurgia

A obesidade é um problema de saúde pública, atingindo não apenas adultos, mas crianças e adolescentes no mundo todo. A cirurgia bariátrica, nesse contexto, pode ser a solução para a remissão de comorbidades e o aumento da saúde e do bem-estar em geral. Porém, como veremos neste artigo, existem algumas questões importantes associadas ao procedimento nesse público.

Como funciona a cirurgia bariátrica em adolescentes?

A cirurgia bariátrica em adolescentes serve para tratar a obesidade grave, principalmente quando outras formas mais convencionais, como mudanças no estilo de vida (alimentação e exercícios), não funcionaram.

Os procedimentos mais comuns são o bypass gástrico em Y de Roux e a gastrectomia vertical. Ambos trazem grande perda de peso e melhora de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia.

A cirurgia normalmente é feita em centros especializados e por equipes multidisciplinares – cirurgiões, pediatras e profissionais de saúde mental.

Indicações da cirurgia bariátrica em adolescentes

A cirurgia bariátrica é indicada para adolescentes com IMC maior que ou igual a 40 kg/m², ou maior que ou igual a 35 kg/m² com comorbidades graves (diabetes tipo 2, hipertensão e apneia).

É essencial que o adolescente tenha maturidade física e emocional, entendendo os riscos e as mudanças que ele precisará adotar no estilo de vida. Por ser uma cirurgia invasiva, a decisão deve ser tomada com cautela e a partir de programas multidisciplinares especializados, com suporte médico, nutricional e psicológico.

Benefícios potenciais da cirurgia bariátrica em adolescentes

Existem vários benefícios que a cirurgia pode trazer para o adolescente, como:

  • Grande perda de peso e redução do IMC;
  • Remissão de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono;
  • Melhora da saúde cardiovascular, incluindo função circulatória e diminuição da hipertrofia ventricular;
  • Melhora da autoestima;
  • Maior integração social e melhor qualidade de vida;
  • Prevenção de complicações de longo prazo relacionadas à obesidade;
  • Adoção de hábitos alimentares e físicos saudáveis desde a adolescência.

Acompanhamento pós-operatório e adaptações para adolescentes

O acompanhamento pós-operatório e as adaptações servem para monitorar a saúde física e emocional do adolescente, corrigir deficiências nutricionais, como vitaminas e minerais, e ajustar o plano alimentar conforme o paciente se recupera. Além disso, o acompanhamento é essencial para avaliar a perda de peso, o estado das comorbidades e o bem-estar psicológico.

Aspectos éticos e sociais da cirurgia bariátrica em adolescentes

Por se tratar de uma cirurgia invasiva feita em adolescentes, existem diversos fatores importantes que não podem ser ignorados. Veja a seguir alguns pontos de atenção sobre a cirurgia bariátrica em adolescentes.

Idade mínima

Definir uma idade mínima para a cirurgia bariátrica em adolescentes é um grande desafio ético. O Conselho Federal de Medicina (CFM) indica que a cirurgia deve ser feita a partir dos 16 anos; porém, alguns estudos, como o publicado pelo New England Journal of Medicine, mostram que o procedimento pode ser benéfico em idades ainda menores, desde que os pacientes apresentem obesidade grave com comorbidades significativas. No entanto, a pesquisa ainda não tem dados a longo prazo, o que gera uma falta de consenso sobre os impactos da cirurgia nesse público.

Acompanhamento psicológico

O acompanhamento psicológico é essencial antes e depois da cirurgia bariátrica em adolescentes. Isso por conta das diversas implicações emocionais e comportamentais que ela traz, como mudanças na imagem corporal.

A avaliação pré-operatória deve identificar distúrbios alimentares, depressão ou ansiedade, uma vez que esses fatores podem ser desafios no período pós-cirúrgico. Já a longo prazo, o suporte psicológico ajuda na adaptação às mudanças no estilo de vida e na imagem corporal, diminuindo o risco de uma recaída e cuidando da saúde mental do paciente.

Apoio familiar

Os familiares devem estar envolvidos no processo desde o início, não só para ajudar no apoio psicológico, mas também para garantir que o paciente siga as orientações pós-operatórias – mudanças no estilo de vida, por exemplo.

Quando os parentes entendem os benefícios, os riscos e as mudanças necessárias, eles conseguem oferecer um suporte que melhora os resultados do tratamento, tanto em perda de peso quanto no bem-estar psicológico do adolescente.

Entre em contato com a BariDF e agende já a sua consulta para realizar a cirurgia bariátrica – https://baridf.com.br/contato/.

Fontes:

SciELO

Abeso

Unaerp