São diversas as possíveis causas da obesidade, passando por alimentação e até mesmo remédios que engordam. Entenda melhor o assunto.
A obesidade é uma condição que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal. Na maioria dos casos, ela é causada pelo consumo exagerado de calorias. Contudo, a falta de exercício físico, predisposição genética e problemas hormonais também podem ser causas da obesidade.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas são obesas no mundo inteiro. É um cenário considerado sério, uma vez que, conforme apontado pelo atlas 2023 da Federação Mundial da Obesidade (WOF), 51% da população mundial terá sobrepeso ou obesidade nos próximos 12 anos.
Além de causar uma preocupação estética, a obesidade pode aumentar os riscos de doenças crônicas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, infarto e doenças dos ossos. Também pode trazer uma série de sintomas, como baixa mobilidade, dificuldade para fazer esforço, indisposição e baixa autoestima.
Ao longo deste artigo, vamos falar um pouco sobre as possíveis causas da obesidade, sua prevenção e outros assuntos.
Possíveis causas da obesidade
Retomando o que falamos no começo do artigo, são algumas as possíveis causas da obesidade, como:
- Consumo excessivo de calorias;
- Falta de exercícios físicos;
- Predisposições genéticas;
- Problemas hormonais;
Esses fatores podem fazer parte de uma série de atividades e características, tais como veremos a seguir:
Alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos
Uma alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos pode ser uma das causas da obesidade, pois esses nutrientes são normalmente ricos em calorias. Quando elas são consumidas em excesso, o corpo não é capaz de queimá-las totalmente, resultando em armazenamento de gordura.
Além disso, esses alimentos podem desregular os hormônios que controlam o apetite, levando a uma maior ingestão de alimentos. O consumo excessivo de açúcares também pode levar a uma resistência à insulina, que pode contribuir com a obesidade associada a outras doenças, como o diabetes.
Falta de atividade física e estilo de vida sedentário
A falta de atividade física e o estilo de vida sedentário se apresentam como causas da obesidade porque o corpo não queima a quantidade necessária de calorias. Isso porque a atividade física é essencial para que o corpo gaste mais energia, queimando as calorias ingeridas ao longo do dia.
Por esse motivo, as chances de desenvolver obesidade aumentam ainda mais quando a falta de exercícios é acompanhada de uma alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos.
A falta de atividade física também pode diminuir o metabolismo basal — quantidade mínima de calorias necessárias para um dia — e, consequentemente aumentar a probabilidade de ganho de peso. Por isso, no geral, manter uma vida mais ativa ajuda a afastar a obesidade.
Predisposição genética
Outro fator que pode contribuir para a obesidade é a predisposição genética. Estudos comprovam que algumas pessoas possuem maior tendência a acumular gordura, devido a variações genéticas que afetam o metabolismo, o apetite e outros processos biológicos relacionados ao peso.
No entanto, é importante ressaltar que a predisposição genética não é a única causa da obesidade. Pessoas com predisposição genética que realizam atividade física regular e consomem a quantidade de calorias adequada em alimentos nutritivos tendem a se livrar do problema.
Portanto, é importante que a pessoa saiba se tem predisposição genética para tomar medidas para prevenir e se afastar de outras causas da obesidade.
Alterações hormonais
Certos hormônios, como a leptina, grelina e insulina, são importantes na regulação do apetite e do metabolismo. O desequilíbrio desses hormônios pode ser uma das causas da obesidade, uma vez que pode levar ao aumento no consumo de alimentos e menor gasto energético.
Além disso, algumas condições hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e o hipotireoidismo também podem desacelerar o metabolismo e contribuir para o ganho de peso.
Remédios que engordam
Alguns remédios prescritos para tratamentos de diversas condições podem levar ao ganho de peso como efeito colateral, contribuindo para o aparecimento da obesidade. Alguns medicamentos antidepressivos, antipsicóticos, corticosteróides e anticonvulsivantes são conhecidos por causar ganho de peso.
Somados a esse fator, alguns medicamentos podem causar retenção de líquidos e inchaço, o que pode aumentar temporariamente o peso corporal. O anticoncepcional injetável é um exemplo de medicação que pode elevar a retenção de líquidos na paciente.
Prevenção da obesidade
O compromisso constante com hábitos que afastem as causas da obesidade é fundamental para prevenir a doença. Por isso, adotar hábitos saudáveis e uma abordagem holística para a saúde geral do corpo são atitudes fundamentais. Isso se demonstra através de uma dieta equilibrada, com foco em alimentos integrais, frutas e vegetais, proteínas magras e carboidratos complexos.
Também é importante manter um estilo de vida ativo e incluir atividades físicas regulares na rotina diária, além de reduzir o tempo sedentário. Evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool e açúcar também é essencial para prevenir a obesidade.
Como tratar a obesidade
O tratamento da obesidade pode envolver uma combinação de mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos mais complexos, cirurgia bariátrica. A mudança de hábitos alimentares e a incorporação de exercícios físicos também podem ajudar a perder peso e mantê-lo saudável a longo prazo.
No entanto, qualquer forma de tratamento deve ser feita com orientação médica e acompanhamento regular para garantir a segurança e eficácia. Também é importante ressaltar que o tratamento da obesidade não é uma solução rápida e definitiva, mas sim um processo contínuo e comprometido.
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Fontes:
Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso)
Federação Mundial da Obesidade (WOF)
Organização Mundial da Saúde (OMS)